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Muitas mulheres cristãs que foram “esquecidas”, mesmo sendo muito influentes no primeiro e no segundo século. Especialmente, por que naquele período o cristianismo eram em certos aspectos mais progressista em relação às mulheres do que hoje.

A reflexão sobre papel das mulheres no desenvolvimento e expansão da Igreja desde os primórdios da Igreja; leva-nos a uma análise que deve começar desde as primeiras comunidades cristãs.

Nos nossos dias, ainda é preciso ampliar mais os espaços para uma presença feminina mais incisiva na Igreja. Porque ‘o génio feminino é necessário em todas as expressões da vida social; por isso deve ser garantida a presença das mulheres também no âmbito de vários lugares onde se tomam as decisões importantes, tanto na Igreja como nas estruturas sociais.

A reflexão, apresenta o quanto foi importante o papel desempenhado pelas mulheres que assumiram para si uma função entendida como discipulado entre iguais, isto é, o homem e mulher como promotoras da mensagem libertadora originário do evangelho.

Assim, buscou-se entender tais pressupostos dentro da leitura de género, alicerçando uma compreensão a partir do seguimento de Jesus de Nazaré, que não fez acepção de pessoas, nem de classes, religião, cultura e muito menos, de sexo. Pode- se notar que a própria comunidade cristã primitiva acolhia a figura de algumas mulheres que assumiram um papel de igualdade, movidas pela conversão à Palavra de Deus anunciada por Jesus Cristo e que, muito contribuíram para que o cristianismo nascente pudesse ser vivido, assumido e anunciado entre os judeus e pagãos daquela época.

O objectivo dessa análise é de apresentar uma leitura da situação das mulheres a partir do mundo judaico nos primórdios do cristianismo, ou seja, algumas poucas décadas após a ressurreição de Jesus Cristo, tendo como ponto de partida a actuação das mesmas com vistas à expansão do movimento de Jesus, aos tempos actuais.

Trata-se de uma leitura feita dentro de um novo paradigma: a questão de género, isto é, uma interpretação realizada a partir de uma hermenêutica que tem como objectivo uma análise com enfoque crítico e libertador no que concerne ao papel protagonizado por algumas mulheres. Elas, numa sociedade em que eram totalmente excluídas, puderam actuar nas comunidades cristãs em igualdade com homens, dentre eles a figura proeminente de Paulo de Tarso, entre outros.

Assim, procurar-se-á́ realizar uma leitura do texto dos Actos dos Apóstolos a partir da questão de género, em busca de ler nas entrelinhas, nas poucas e breves referencias, algumas mulheres que, não obstante suas condições culturais, sociais e religiosas, possibilitaram, com suas acções decisivas, colaborar para a expansão do cristianismo nascente.

O PAPEL DAS MULHERES NAS PRIMEIRAS COMUNIDADES CRISTÃS

A actuação das mulheres nas primeiras comunidades cristãs dentro do enfoque compreendido como a questão de género ou leitura de género, com vistas a situar o perfil daquelas que se inseriram no âmbito do anúncio do evangelho nos primórdios do período do cristianismo. Essa participação da mulher poderá ser compreendida dentro de uma actuação mais plena ou como aquela que acolhe em sua casa os líderes cristãos, viabilizando, por conseguinte, o trabalho missionário.

Para compreender a importância da mulher, bem como do papel que esta desempenhou na comunidade cristã primitiva, faz-se necessário contextualizá-la dentro do seu meio cultural, religioso, social e histórico.

Pois a comunidade cristã primitiva não estava fora desse contexto, e é preciso admitir que nem sempre foi fácil distinguir o núcleo da vida cristã da sociedade vigente.

Muitas mulheres cristãs que foram “esquecidas”, mesmo sendo muito influentes no primeiro e no segundo século. Especialmente, por que naquele período o cristianismo eram em certos aspectos mais progressista em relação às mulheres do que hoje.

A verdade é que as mulheres desempenharam um papel fundamental na divulgação da nova fé cristã através de redes familiares e de amizades. A autoridade delas nas comunidades cristãs foi conquistada no desempenho como líderes comunitárias ou pequenas empresárias. Além de passarem os princípios da nova fé aos seus filhos.

Uma das únicas mulheres mencionadas no livro de Actos é Lídia, a vendedora de púrpura. Ela foi uma das primeiras pessoas a patrocinarem o ministério de Paulo.

Também lembrada pela tradição cristã é Perpétua, que viveu em Cartago no final do segundo século. Seu testemunho de fé ficou famoso na época em que era grande a perseguição. Ela se recusou a negar a sua fé, indo contra a vontade de seu pai e acabou sendo martirizada. Seu diário, escrito enquanto aguardava a execução na prisão, seria considerado um documento radical demais para o mundo de hoje.

Isso demonstra o comprometimento dela e provaria, ao contrário das opiniões da maioria dos teólogos, o papel da mulher no início do cristianismo

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Conceição Junero João (Malunda Kaianda) é professora, directora do Departamento Teológico, Missões e facilitadora do curso pré-nupcial na Assembleia de Deus Pentecostal do Maculusso, em Luanda. Membro da OPSA: Ordem dos Psicólogos de Angola, do CICA: Conselho de Igrejas Cristãs de Angola, do Projecto Ana da Rádio Transmundial- Angola, da OMUC: Organização das Mulheres Cristãs de Angola. Licenciada em Teológia pelo Instituto Bíblico de Pindamonhangaba em São Paulo Brasil, e Psicologia Clinica pela Universidade Privada de Angola

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